II Encontro de educadores de Parelheiros

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O Projeto Mais Verde esteve presente no II Encontro de Educadores de Parelheiros. Fizemos uma breve explanação sobre como deve ser dada educação ambiental de maneira impactante e de como inserir o assunto na sala de aula.
Apresentamos também algumas ações que desenvolvemos em escolas públicas.

Além do Projeto Mais Verde, esteve presente também a Adriana, permacultora do projeto Anchieta e o Vinicius do Instituto IPESA.
Cerca de 200 professores estiveram presentes e acredito que Parelheiros está no rumo certo de uma educação diferenciada, baseado na preservação dos recursos hídricos e florestais.








MARÇO - Mês de Plantio Comunitário





Durante todo o mês de março estamos realizando plantios comunitários todos os sábados e domingos pela manhã. Além do plantio, realizamos atividades com crianças com o intuito de valorizar a importância da nossa vegetação, alertando para os perigos de um plantio com espécies exóticas. Se você ainda não participou, não perca a chance de dar esta contribuição ao meio ambiente. Escreva, que mandaremos a programação e um mapa de como chegar ao local.
projetomaisverde@terra.com.br









ANTES e DEPOIS

Esta foto abaixo de 2006, mostra como era a área "verde" antes da nossa ação de reflorestamento em. O solo era extremamente pobre, degradado e muito compactado. As frequentes enchurradas provocavam erosões e vossorocas que levavam embora todo e qualquer nutriente.

Em 2007, após o plantio das primeiras árvores, o cenário começa a mudar. A forração começa a surgir fazendo naturalmente o processo de regeneração de solo. A matéria orgânica não mais é levada pelas águas, aumentando inclusive a drenagem da área.
Hoje, 2008 a paisagem já muda completamente. As árvores estão saudáveis bem copadas. As Eritrinas já floriram e os araçás já produziram frutos. Notem que a forração exótica e altamente invasiva Brachiária não está sendo controlada. Ela está ajudando a recuperação do solo, na contenção de erosão, na formação de matéria orgânica e protegendo do sol, garantindo umidade. Acompanhar este processo é fantástico, ter contribuído para essa recuperação é melhor ainda. As pessoas que passam frequentemente pelo local, quase nem notam a mudança gradativa, mas ao avistarmos ali aves como o tiê sangue, tiÊ preto, canários, pica-paus, corujas, sanhaços e até curiango, temos a certeza de que eles notaram, e o nosso lema inicial do projeto " Eles estavam aqui antes de você chegar, mas você pode trazê-los de volta", está se concretizando vagarosamente e no tempo deles, não no nosso.

COBRA CEGA


Mais um visitante ilustre apareceu em casa: A Cobra-Cega Leposternon microcephalum.
Na verdade, ela não é uma cobra mas um lagarto que perdeu os membros com a evolução. Alimenta-se de pequenos insetos, principalmente cupins e suas larvas. Os Leposternon microcephalum é uma espécie considerada especializada para a escavação, por apresentar a cabeça em forma-de-pá. Apresentam hábitos subterrâneos, cauda rombuda e olhos pequenos, sendo por isso conhecida como cobra-cega ou cobra de duas cabeças.
Aqui, sendo colocada novamente no solo, sob nossa compostagem orgânica. Ela, ganha um lugar úmido pra morar com diverasas larvas para se alimentar, em troca, nos favorece com a aeração do solo, agilizando ainda mais o processo de decomposição orgânica.
Na natureza é tudo assim. Uma troca constante entre todos os seres. Nós os homens é que sempre atrapalhamos esse ciclo, que termina no nosso próprio egoísmo.

Macaco Prego



















Entre uma Embaúba e um Angico estava uma rede de alta tensão.
A jovem fêmea de macaco prego, ao tentar cruzar a Estrada do Jaceguay, acaba tocando na rede elétrica e morrendo na hora.
Os desmatamentos provocados na região forçam os animais a procurarem alimentos entre as estreitas faixas de vegetação de ambos os lados da pista.
Nesta estrada, veados, preás, gambás, cobras são atropelados com frequência, devido a imprudência e velocidade dos veículos.
Quem não se arrisca pelo asfalto, e tenta pelas copas, também não escapa.
Depois são jogados ao lado da estrada, como se não tivessem importância alguma, como se fossem nada, como se fossem... "bichos".

Quati


Numa manhã de setembro, recebemos a visita de um belo Quati, que além de passear entre nossas mudas, se alimentou no comedouro dos pássaros.
Ao mesmo tempo que ficávamos encantados, um pensamento nos passava pela cabeça: "Este pode ser o último dessa região."
Nosso bairro possui quase nada de reserva natural, as áreas públicas que temos, lutamos para reflorestar, coisa que demanda muito tempo e eles não podem esperar.
Por essa e outras visões que seguimos em frente, lutando quase que sozinhos, para tentar trazer de volta o que se foi, e preservar a ínfima fauna e a flora que sobrou.
O crescimento demográfico descontrolado, o desmatamento, concretos no lugar de mata e cães e gatos no lugar de diversidade, arbustos no lugar de árvores... são fatores responsáveis por esse declínio.
Será que ele ainda está por aí?

Barco de Pet


O Barco de Pet tava tão confiável que até o subprefeito de Parelheiros Sr. Walter Tesch botou fé e resolveu embarcar nessa iniciativa.

DIA INTERNACIONAL DO MEIO AMBIENTE

Estivemos no Colégio Estadual Paulino Nunes Esposo levando educação ambiental e iniciando o Projeto avifauna, que visa plantar somente espécies nativas atrativa a avifauna da mata atlântica.
A escola Paulino tem sido a escola mais engajada da região,no compromisso com meio ambiente e com ações sócio ambientais.
Tal proeza se deve a dedicação do seu diretor Rinaldo Meroni, e da disposição e empenho do seu corpo docente, que conseguem envolver todos os alunos no mesmo ideal.
Além da Horta orgânica, há um incentivo a projetos com materiais recicláveis, Grupo Ação Jovem Ambiental, além de outros projetos que certamente não ficarão só no papel.
È prazeiroso trabalhar em um ambiente assim.

PLANTAR ABRAÇANDO OU ABRAÇAR PLANTANDO


Crianças e adultos se revezam no plantio de quase 100 mudas de 50 espécies nativas da mata atlântica.

Além de plantar, puderam aprender sobre vegetação ciliar, sobre a importância das árvores para a manutenção do ar, da biodiversidade e da manutenção de nosso banco de sementes para geração futura.

BARCO DE GARRAFAS PET


Um dos momentos de descontração do abraço Guarapiranga foi sem dúvida o barco feito com materiais recicláveis. Quase 500 garrafas pet, uma escada, madeira, bambús, fitilhos e alguns galões plásticos, pronto! Tava feito o "Pet Móvel"!!

Após o evento alguns corajosos se aventuraram em dar uma voltinha.

ABRAÇO GUARAPIRANGA 2008


No dia 01 de Junho de 2008 o Projeto Mais Verde, participou do evento organizado pelo ISA - Instituto Sócio Ambiental, em parceria com diversas instituições públicas, privadas e a sociedade civil.

Participamos juntamente com o Solo Sagrado de Guarapiranga, com a intenção de chamar a atenção das autoridades públicas com o descaso com a nossa tão sofrida represa.

Conhecendo o Pq. Terceiro Lago

Sendo uma das mais belas margens da represa por ainda não apresentar invasão de orla e outros problemas gerados pelo crescimento demográfico, temos o desmatamento e queimadas como os maiores vilões do lugar.


Estamos na zona sul de São Paulo, próximo ao Solo Sagrado da Messiânica, estrada do Jaceguay, 6000.


Nosso bairro possui duas faixas verdes, num total de 50.000 m2 e uma orla com 1.500 m de extensão, com 40.000 m2. Nosso projeto começou pela área verde superior pela situação maior de risco.


O Gráfico ao lado mostra a situação quando iniciamos o projeto. Haviam partes da área (que supostamente deveria ser preservada) que pareciam verdadeiros terrenos baldios. Resumindo: A maioria desmatava, os poucos que plantavam, plantavam errado, e a vegetação nativa (primárias de mata-atlântica) diminuia cada vez mais.



PRIMEIRO PLANTIO


Fizemos nosso primeiro plantio, juntamente com a entrega dos certificados pelo SESC. Estiveram presentes no evento o Sub Prefeito de Parelheiros - SP, Sr. Walter Tesch e líderes comunitários. A presença da comunidade foi garantida com a estratégia de um belo café da manhã. Crianças tiveram atividades e brincadeiras e debaixo do sol do meio-dia, os valentes enfrentaram o calor de quase 30 graus e plantaram as primeiras mudas do Projeto Mais Verde.






PRIMEIRO PARCEIRO


O Sesc Interlagos apoia nosso projeto e ministra um curso de Iniciação à Gestão Ambiental aos moradores. Foram 5 semanas de conhecimentos adquiridos, prática exercida e no final, todos tiveram que pôr a mão na massa, ou melhor, na pá, e plantar sua muda. Agradeço a Alessandra e ao Leandro, por acreditarem e divulgarem nosso projeto e ao Hercílio, pela paciência nas caminhadas pela mata.

PRIMEIRA DIFICULDADE E DESABAFO

COMO CONSEGUIR DOAÇÃO DE MUDAS?

Depois de contatar diversos órgãos ambientais, secretarias, viveiros municipais, ONGs, Institutos, cheguei a conclusão que precisaríamos de mais disposição ainda. Embora haja uma crecente preocupação com as questões ambientais por parte do estado, as questões burocráticas superam em muito essa preocupação, e não se consegue apoio algum.
Como se não bastasse isso, um outro problema começa a surgir: A individualidade dos membros da comunidade. A dificuldade de estabelecer um plantio exclusivamente com espécies nativas encontra barreiras na própria comunidade. Abacateiros, Laranjeiras, Amoreiras, Bananeiras, Macieiras, Pereiras, etc, estavam na preferência geral para o plantio.
A idéia de recuperar o bioma original nos 50 mil m2 de áreas verdes estavam indo pelo ralo.
Houve a primeira divergência e plantios paralelos com espécies exóticas e altamente invasivas estavam prestes a acontecer. A Solução então, foi usar de um pouco mais de rigidez nas palavras e usar o termo "plantio responsável e criterioso" como sendo o único capaz de conseguir fazer com que o projeto saísse do papel. O Desabafo na segunda reunião foi o descrito abaixo:


"Há em São Paulo alguns canais de doação que podemos contatá-los. Há o CLICK ÄRVORE da SOS MATA ATLÂNTICA, para isso precisaríamos da concessão da área, tanto da EMAE quanto da SUBPREFEITURA, VIVEIROS MUNICIPAIS, também podem ser contatados, e alguns projetos da Prefeitura de São Paulo, através do DEPAVE. Há também a possibilidade de conseguir recursos de empresas para custear o projeto, caso haja interesse em não depender do estado ou de ONGs .
Mas para qualquer um desses objetivos, precisamos ter RESPONSABILIDADE e um projeto criterioso. Por isso que o projeto não sai do papel. Vivemos numa sociedade egoísta que visa obter proveito próprio inclusive na escolha de uma espécie de árvore. Não houve ainda um consenso no objetivo do projeto. A maioria ainda não entendeu o objetivo proposto. Uns querem pomares outros um bosque florido, outros um jardim particular, mas poucos se preocupam em restaurar um bioma que nós mesmos destruímos. Todos dependemos dos recursos naturais e não damos a menor importância para isso.
Para haver uma solicitação formal de doação, é preciso apresentar um projeto técnico, que garanta que as espécies plantadas sejam as estabelecidas em uma resolução estadual para este fim. Significa comprometer-se a segui-la a risco, obedecendo a escolha de espécies nativas atrativas a fauna, e com maior risco de extinção. Obedecendo os critérios de plantio com planejamento e acompanhamento das espécies por no mínimo 18 meses. Temos uma área com mais de 100.000 m2, e precisamos de 15.000 mudas. Isso não é brincadeira de plantar mudinhas, é compromisso sério com o amanhã da nossa região. Quando todos entenderem isso, aí sim, o projeto caminhará na mais prefeita harmonia, e eu mesmo, assumirei a responsabilidade judicial e moral sobre cada espécie plantada, pois terei a certeza de que contarei com o apoio no projeto, acompanhamento e manutenção de grande parte dos moradores."


Com o intuito de chamar o máximo de atenção possível dos moradores para o projeto, foi colocado um grande painel na entrada do bairro. Não foi explicado nada para ninguém, e todos se questionavam sobre o significado das imagens e texto. Somente algumas semanas depois é que foi panfletado, chamando as pessoas da comunidade para a apresentação do projeto.
A presença dos moradores foi superior às expectativas.




APRESENTAÇÃO À COMUNIDADE

O projeto foi apresentado à comunidade:

Área Verde: Recuperação das duas faixas de área verde do bairro com o plantio de espécies nativas da nossa região,observando a maior variedade de espécies possíveis, garantindo assim o perfeito equilibrio ambiental, alimento e abrigo para aves e animais silvestres, e permitindo a regeneração dos recursos naturais.

Orla da Represa: O Orla representa nossa maior preocupação por causa dos recursos hídricos tão importantes e tão escassos em nossos dias. Em 1 quilômetro de extensão,conta hoje com menos de 5% de vegetação com características ciliares. A idéia do projeto é de reflorestar com arvores ciliares toda essa extensão para impedir o açoreamento, e permitir maior drenagem do solo, e garantindo com a recuperação dessa área uma melhor qualidade da água. Faz parte do projeto também, conservar algumas faixas nessa extensão, uma vegetação ciliar mais densa às margens da água, a fim de impedir o acesso de pessoas e barcos, dando com isso condições à avifauna que vive à beira da represa, de se refugiar, garantindo, proteção, alimento e maior possibilidade de reprodução.

Arborização urbana: Este projeto visa incentivar cada morador a plantar uma árvore
na sua calçada, ajudando-o na escolha da árvore mais adequada levando em conta a largura da calçada, a fiação elétrica, a segurança, uma futura pavimentação das ruas, etc. Não deixando de lado a preferencia do morador, quer seja por florífera, frutífera, perene ou não, estrutura da copa e dimensões da árvore adulta. Com este incentivo acreditamos que haverá um maior respeito a fauna/flora e maior preservação.

Projeto Mais Verde

O início : A idéia de reflorestar o terceiro lago, surgiu pelo interesse de alguns moradores em preservar o pouco de vegetação que ainda resta, e tentar reverter o quadro de desmatamento de todo o bairro e de áreas verdes devastadas à medida do crescimento habitacional. Com pouco conhecimento, mas com muita força de vontade passamos a pesquisar e estudar o assunto, para analisarmos a viabilidade de um projeto completo de reflorestamento, capaz de recuperar a área verde, preservar a orla da represa Guarapiranga, resgatar a fauna que se torna mais rara a cada dia, bem como embelezar nosso bairro e formar uma nova geração com consciência ecológica e empenho na preservação.